OPERAÇÃO SEM FRONTEIRAS

Operação que investiga pedofilia internacional teve início em Buenos Aires, na Argentina

Um auxiliar de serviços gerais, de 42 anos, foi preso em flagrante e a Polícia Federal em Pernambuco acredita que ele faz parte de uma rede internacional de pedofilia

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 10/12/2015 às 15:22
Foto: Divulgação/ Polícia Federal


Um auxiliar de serviços gerais, de 42 anos, que não teve a identidade revelada, foi preso flagrante por possuir e compartilhar imagens relacionadas a pornografia infantil. A Polícia Federal acredita que ele faz parte de uma rede internacional de pedofilia, que divulgava imagens de crianças vítimas de violência sexual.

Os arquivos estavam no computador dentro da casa do suspeito, no bairro do Cabangá, Zona Sul do Recife. Ele foi detido pelos agentes da Polícia Federal no cumprimento de três mandados de busca e apreensão durante a Operação Sem Fronteiras, coordenada pela Interpol. De acordo com a investigação, os arquivos eram repassados em todo o mundo pelas redes sociais, por e-mails e em programas de downloads na internet.

A Operação Sem Fronteiras envolve ainda outros 14 países e no Brasil, além de Pernambuco, foram cumpridos mandados de busca e apreensão no estado do Ceára, em Minas Gerais e no Distrito Federal. O assessor de comunicação da Polícia Federal em Pernambuco, Giovani Santoro, explica que a ação começou na capital da argentina, Buenos Aires. “Foi detectado numa investigação de lá que vários países estavam tendo pessoas que estavam compartilhando e também armazenando pornografia infantil. A Interpol de lá emitiu e os investigadores transmitiram a informação para outros países”, disse.

Confira os detalhes na reportagem de Clarissa Siqueira:

A Polícia Federal investiga agora se outros pernambucanos estão envolvidos no esquema de armazenamento e distribuição mundial de pornografia infantil. Além do material apreendido com o suspeito preso em flagrante, foram recolhidos para análise em outras duas residências, dois computadores, um tablet e um notebook.

As diligências foram no município do Cabo de Santo Agostinho e no bairro do Ibura, Zona Sul da capital pernambucana. Segundo Giovani Santoro todos os proprietários dos equipamentos vão ser ouvidos, mesmo se não for encontrado material criminoso armazenado.

O suspeito preso pagou fiança no valor de R$ 1 mil e deve responder ao processo em liberdade já que não foi comprovado que ele compartilhou o material. De acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), compartilhar pornografia infantil é crime inafiançável e prevê é de três a seis anos de prisão, além de multa.