LAVA JATO

Alvos da Operação Catilinárias adotam discurso da perplexidade, cautela e inocência

Os investigados se disseram surpresos com a decisão do STF

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 16/12/2015 às 7:33
Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

Em Brasília, todos os que estão sendo investigados pela Polícia Federal (PF) nas denúncias de corrupção na Petrobras, se disseram surpresos com a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) de fazer busca e apreensão de documentos, máquinas e equipamentos que possam levar a Justiça a comprovar denúncias de desvio de dinheiro.

O ministro Celso Pansera, da Ciência e Tecnologia, garantiu que vai colaborar com a Justiça. No Turismo, o ministro Henrique Eduardo Alves disse que ficou surpreso com a ação da PF e prometeu colaborar com as investigações. A presidente Dilma Rousseff não vai afastar os ministros, mas cobrou explicações sobre os motivos que levaram a Operação Lava Jato a bater à porta de cada um deles.

No Congresso Nacional, o senador Edson Lobão (PMDB-MA) não disse nada. Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) disse por meio de nota que tem confiança nas autoridades, acreditando que vai esclarecer os fatos.

Em depoimento na Polícia Federal, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse que o senador de Pernambuco teria pedido R$ 20 milhões para a campanha da reeleição de Eduardo Campos ao governo do estado em 2010. Já o senador Renan Calheiros, que na última hora acabou escapando das investigações da terça-feira (15), depois que o ministro Teori Zavascki não autorizou a batida na casa do presidente do Senado, disse que vai colaborar com as investigações e negou envolvimento com a corrupção.

Eduardo Cunha responsabilizou o Planalto pelas investigações contra ele e pregou o rompimento com o governo. O líder do Governo, Sibá Machado, disse que Cunha é uma cria do PSDB e que os tucanos é que devem cuidar do presidente da Câmara. Ouça abaixo:

Agora, a preocupação e de que as investigações da PF não afastem ainda mais o Planalto do PMDB.