JUSTIÇA

Justiça nega recurso da defesa e mantém júri popular dos acusados de matar promotor de Itaíba

Thiago Faria Soares foi assassinado em 2013 durante uma emboscada na PE-300. Processo é o primeiro federalizado do País

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 16/12/2015 às 5:43
Foto: reprodução/arquivo pessoal


O Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região manteve ontem a decisão de realizar um júri popular dos acusados de matar o promotor de justiça Thiago Faria Soares. A decisão já havia sido tomada pela 36ª vara da Justiça Federal de Pernambuco em abril, mas os acusados recorreram da decisão, que foi levada a instância superior. A data para o julgamento ainda não foi marcada.

O promotor de Itaíba foi assassinado em outubro de 2013, na PE-300 em Águas Belas, no Agreste do Estado. O processo acabou sendo federalizado, ou seja, passou da esfera da Justiça Estadual para o âmbito federal.

A primeira audiência de instrução do caso aconteceu em 27 de março de 2015, quando quatro dos cinco réus foram interrogados. Na ocasião, o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, conhecido como “Zé Maria de Mané Pedo”, que é apontado como o mandante do crime, tentou se livrar da suspeita. Ele chegou a acusar a então noiva do promotor, Mysheva Martins, de envolvimento na morte.

Os demais acusados são José Maria Domingos Cavalcante, Adeildo Ferreira dos Santos e o auxiliar de serviços gerais José Marisvaldo Vitor da Silva. Um quinto réu, Antônio Cavalcante Filho, está foragido, por causa disso, a Justiça decidiu desmembrar o processo contra ele dos demais para não prejudicar ainda mais o andamento da investigação.

A motivação para o homicídio seria a desavença com Mysheva Martins pelo controle da fazenda nova em Águas Belas. Ela e o tio Adautivo Elias Martins são testemunhas do crime e também sobreviventes do atentado. Eles já prestaram depoimento.