VIOLÊNCIA

Bancos de Pernambuco registram aumento de 331% nos assaltos a agências

O balanço dos roubos este ano também mostrou que o Banco do Brasil foi o alvo mais constante dos assaltantes

Da Rádio Jornal
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Publicado em 30/12/2015 às 11:15
Foto: Cortesia

O Sindicato dos Bancários de Pernambuco divulgou nesta terça-feira (29) o balanço do número de assaltos a agências bancárias no estado. De acordo com a entidade, até o último dia 23, foram registrados 53 roubos ao longo do ano, entre assaltos, tentativas de assalto, explosões e arrombamentos de caixas eletrônicos, o que significa um aumento de 331% em relação às ocorrências em 2014, que registrou apenas 16 casos.

E coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça, na sede do Sindicato, no centro do Recife, também foi divulgado que o principal alvo foi o Banco do Brasil, com 16 ocorrências. O banco Santander é o segundo colocado da lista, com 15 ocorrências, seguido pelo Bradesco, com 11 roubos.

A Região Metropolitana do Recife teve o maior número de assaltos, com 46, enquanto o interior do estado contabilizou sete. A presidente do sindicato, Suzineide Rodrigues, disse que o crescimento é alarmante e que a prefeitura do Recife precisa cobrar dos bancos a instalação dos itens de segurança previstos em lei. “Precisamos melhorar a segurança nos bancos, com câmeras melhores, mais vigilantes, mas, principalmente, deve haver a cobrança e punição daqueles que não apresentam os itens de segurança necessários para o bom funcionamento”, comentou.

Ainda de acordo com o levantamento, os assaltantes utilizaram pedras, marretas, armas de grosso calibre ou mesmo simulacros e ainda chegaram a fazer reféns dentro e fora das agências. O secretário de Saúde do órgão, Wellington Trindade, afirma que a violência traz diversos reflexos negativos na saúde dos bancários. “Já temos 23 funcionários afastados em decorrência de traumas provocados por assaltos. Estes são bancários que, durante os assaltos, foram agredidos física e psicologicamente. Houve sequestros de familiares e bancários, tiros e ainda há a pressão pelo cumprimento de metas, a tensão é constante”, afirmou o secretário.

Ouça abaixo a matéria de Lélia Perlim: