DÉBITO

Às vésperas do carnaval, José Pimentel denuncia que não recebeu pela Paixão de Cristo de 2015

Segundo ele, falta o repasse do Governo do Estado e não é possível pensar no espetáculo deste ano pela falta de dinheiro

Da Rádio Jornal
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Publicado em 06/01/2016 às 10:37
Foto: Edmar Melo/JC Imagem

No Super Manhã desta quarta-feira (6), o comunicador Geraldo Freire entrevistou o ator José Pimentel, conhecido por interpretar o personagem Jesus na Paixão de Cristo do Recife há quase quarenta anos.

Quando perguntado sobre os preparativos para a tradicional peça neste ano, José Pimentel afirma que, até agora, não foi feito o repasse do dinheiro do estado para a edição anterior da Paixão de Cristo. “Fizemos o espetáculo no começo de abril de 2015 e até agora não recebemos do Governo do Estado e da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur). Estamos devendo a todo mundo, inclusive a fornecedores. Assim, fica difícil até de imaginar o espetáculo deste ano”, afirmou o artista.

Segundo Pimentel, a Prefeitura do Recife já quitou a sua parte do contrato. Ele fala ainda que foram feitas uma série de exigências nunca antes requisitadas. “Dizem que já está na Secretaria da Fazenda e que está tudo pronto para ser pago, mas ainda não pagaram. Devemos ir nesta quinta-feira (7) à Secretaria da Casa Civil para tentar resolver o problema”, comenta. Ainda de acordo com José Pimentel, a Paixão de Cristo deste ano está prevista para 23 a 27 de março, mas nada pode ser feito sem o repasse.

A Secretaria de Turismo de Pernambuco (Setur) entrou em contato com a Redação da Rádio Jornal e assegurou que fará o pagamento o mais breve possível, alegando a crise econômica como causador do atraso, mas não deu uma previsão concreta. Leia abaixo o comunicado da Setur:

“O Governo de Pernambuco reconhece o valor do trabalho desenvolvido pelo ator e diretor José Pimentel à frente da exitosa Paixão de Cristo do Recife. Como é de conhecimento público, o País enfrenta uma crise econômica sem precedentes, e Pernambuco, infelizmente, também foi afetado pelo complexo momento da economia nacional, tendo, inclusive, que lançar um Plano de Contingenciamento de Gastos (PCG) no ano passado para superar as dificuldades impostas pela conjuntura brasileira. O governo reconhece o débito e assegura que o pagamento será realizado no mais breve espaço de tempo possível, dentro da realidade econômica atual”.