SAÚDE

Pesquisa descobre alteração na estrutura ocular de crianças com microcefalia em Pernambuco

De acordo com pesquisa do Altino Ventura, cerca de 40% dos bebês examinados na instituição apresentam deformação na estrutura do olho

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 11/01/2016 às 10:18
Foto: Rafael Carneiro/Rádio Jornal


Cerca de 40% dos bebês que nascem com microcefalia relacionada ao zika virus apresentam alterações na estrutura dos olhos. Esse foi o resultado de uma avaliação feita em Pernambuco com 79 bebês. O estudo feito na Fundação Altino Ventura foi entregue Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde.

Nesta segunda-feira, dia em que é realizado o terceiro mutirão de atendimento a crianças com suspeita de microcefalia em Pernambuco, a Fundação Altino ventura, que fica na Zona Oeste do Recife, apresentou o balanço dos dois primeiros mutirões realizados pela institução. Ainda não se sabe qual o grau de deficiência visual que esses bebês terão no futuro, por isso, o tartamento é iniciado imediatamente.

De acordo com a coordenadora da Pesquisa, Camilia Ventura, as alterações ocorrem na retina, na coróide e no nervo óptico dos pacientes. "É uma doença nova e nós estamos todos aprendendo junto com as mães e os bebês. Todos os envolvidos estão emprenhados em buscar conhecimento para diminuir o máximo possível o comprometimento nessas crianças", diz.

Além do teste de visão e fundo de olho, exames complementares estão sendo solicitados. Antes mesmo do resultado, os pacientes passam por estímulo visual, já que, até os seis meses os bebês ainda estão em processo de formação da visão.