ATENDIMENTO

Peritos do INSS voltam ao trabalho, mas estado de greve continua

Profissionais vão atender os casos de primeira perícia que já estavam agendados

Da Rádio Jornal
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Publicado em 25/01/2016 às 16:07
Foto: Clarissa Siqueira/ Rádio Jornal


Depois de mais de quatro meses de greve, os médicos peritos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) voltaram ao trabalho nesta segunda-feira (25). Os profissionais vão continuar em estado de greve, mas vão atender os casos de primeira perícia que já estavam agendados.

O diretor da associação dos médicos peritos do INSS de Pernambuco, Eduardo Magalhães, afirma que os atendimentos referentes as perícias iniciais vão ser feitos integralmente. “Nossa última assembleia nós decidimos que nós vamos retornar aos nossos postos de trabalho para atender aqueles segurados de perícia inicial, aqueles que estão fora do sistema, por motivo da greve não conseguiram fazer sua perícia e não estão recebendo. Então esses vão ser atendidos integralmente”, explicou. “E os que já estão recebendo os benefícios, ou seja, as prorrogações e as reconsiderações, vão ser reagendados para quando nós resolvermos esse nosso impasse nós atendermos”, completou.

Ainda de acordo com o Eduardo Magalhães, o segurado que está agendado para renovação do benefício, deve comparecer a agência indicada no horário marcado para reagendamento. Esta ação vai garantir a manutenção do recebimento do benefício, segundo a associação.

Confira os detalhes na reportagem de Isabela Dias:

No primeiro dia depois da greve, muita gente chegou cedo para buscar informações e atendimento no prédio da superintendência do órgão, na Mário Melo. Amaro Manuel da Silva é de Gameleira, na Zona da Mata de Pernambuco. Ele conta que saiu de casa às 2h e disse que a espera foi longa, mas conseguiu atendimento.

Os peritos reivindicam reajuste salarial de 27,5% e melhores condições de trabalho, além da redução da carga horária de 40 para 30 horas semanais. O retorno ao trabalho no estado representa um número de 62 médicos peritos, 40 deles para o efetivo nas agências.

A estimativa é de que mais de dois milhões de atendimentos tenham sido cancelados em todo o Brasil desde o início do movimento.