SAÚDE

Mutirão de diagnóstico da hanseníase antecipa dia de combate à doença no Recife

Mais de 7,2 mil casos novos da enfermidade foram notificados nos últimos três anos

Da Rádio Jornal
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Publicado em 27/01/2016 às 10:34
Foto: Arquivo/Agência Brasil


O Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase é celebrado anualmente no dia 31 de janeiro. Como a data vai cair em um domingo, as ações para marcar o combate à doença são realizadas nesta quarta-feira (27), até às 16h, na Praça do Carmo, no Centro do Recife.

A ação da Secretaria de Saúde aproveita a data para oferecer exames gratuitos à população, com o intuito de detectar mais casos novos na população e quebrar cadeia de transmissão e posterior controle da doença. O atendimento é feito por dermatologistas.

Em fevereiro, as ações serão realizadas em Camaragibe (16/02), Paulista (17/02) e Cabo de Santo Agostinho (19/02). Os exames são indicados para quem tem sinais e sintomas sugestivos de hanseníase, como a sensibilidade cutânea ao frio/calor, ao tato e à dor.

Dados - No Estado, em 2013, foram 2.604 casos novos de hanseníase, com taxa de cura de 81,2%. Em 2014 foram 2.536 novos doentes, 82,5% desses curados. Já os dados preliminares de 2015 apontam para 2.136 casos e 76% de cura.

Doença – A hanseníase é uma doença infecciosa transmitida pela pessoa doente para uma sadia pelo contínuo contato. Ela é transmitida pelo bacilo M. leprae, bactéria que ataca o sistema nervoso periférico e provoca alterações de sensibilidade ao frio/calor, ao tato e à dor. A doença também pode evoluir para perda de força muscular das mãos, pés e olhos.

O tratamento é gratuito, padronizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde (MS), e baseia-se na poliquimioterapia, constituída pelos medicamentos: rifampicina, dapsona e clofazimina. É realizada nos postos de saúde, necessitando que o paciente compareça à unidade uma vez por mês para tomar a medicação (dose supervisionada). O restante dos remédios o paciente toma em casa.

Apenas os casos mais graves e com complicações deverão ser atendidos em unidades de referência. O Hospital Otávio de Freitas (HOF), no bairro de Tejipió, Zona Oeste do Recife, e o Hospital Geral da Mirueira, em Paulista, são referências secundárias estaduais no atendimento aos pacientes de hanseníase em Pernambuco. O Imip é a referência terciária. Se não tratada precocemente, a doença pode causar incapacidades ou deformidades no corpo.