POLÊMICAS

Em inauguração de escola, governador diz que greve da Polícia Civil não ajuda categoria

Paulo Câmara também comentou declaração de Pedro Eurico de que costumava se comunicar com detentos pelo celular

Da Rádio Jornal
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Publicado em 03/02/2016 às 10:01
Foto: Rafael Carneiro/Rádio Jornal


A agenda do governador Paulo Câmara nesta quarta-feira incluía a inauguração da Escola de Referência Santa Ana, que fica no bairro de Rio Doce, em Olinda. Porém, o que não faltou foram perguntas sobre a opinião do gestor em relação à greve da Polícia Civil, decretada em assembleia nesta terça-feira e as declarações do secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico, que afirmou falar regulamente com os detentos pelo celular.

Sobre a greve que está prevista para começar no próximo sábado (6), Paulo Câmara afirmou que uma paralisação durante o período de folia é um desserviço à população e que não trará nenhum benefício à categoria. "O governo tem um compromisso com os policiais e vai cumprir. Uma greve neste momento vai apenas prejudicar uma populção que quer ter, em quatro dias de carnaval, a condição de brincar com paz", disse. O socialista ainda afirmou que o governo do Estado vai garantir a segurança necessária para o folião fazer a festa. "Vai ter muita polícia na rua, Polícia Militar, as delegacias vão estar abertas", afirmou.

Em relação às declarações de Pedro Eurico, Paulo Câmara disse que o gestor está fazendo seu trabalho. Ontem, em uma reunião na Assembleia Legislativa sobre a crise no sistema penitenciário que se arrasta há mais de um ano, o secretário assumiu o uso contante de celulares nos presídios e disse ter dado o telefone dele para os detentos.

Foto: Rafael Carneiro/Rádio Jornal

O governador de Pernambuco admitiu uma falha e disse que vai combater as práticas para que elas não se repitam. "Celular não é permitido em presídio, bebida não é permitida em presídio, droga não é permitida em presídio, mas nós apreendemos diariamente esse tipo de objeto. Há uma falha que nós entendemos que precisa ser corrigida tanto na área externa quanto na fala externa que permite que isso ainda aconteça. Mas é um fato. O secretário não vai esconder isso, nem eu vou esconder. O que nós vamos fazer é trabalhar para coibir", relata Câmara.