IRREVERÊNCIA

Lava Jato, Dilma, Temer e Cunha são as sensações das marchinhas de carnaval em Brasília

Na Capital Federal, a crítica política dá o tom da folia de momo na capital federal

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 09/02/2016 às 8:50
Foto: José Cruz/Arquivo Agência Brasil


O Congresso Nacional está parado devido ao carnaval. A agenda da presidente Dilma Rousseff (PT) está suspensa graças aos festejos de momo. Até a "imparável" Operação Lava Jato está em pausa, já que é feriado. Mas todos esses persongens estão tendo muito trabalho, pois são os alvos da maior parte das marchinhas de carnaval em Brasília.

O repórter Romoaldo de Souza destaca que com um carnaval mais gélido e com as escolas de samba em baixa, são as "músicas de protesto" que dão o tom da festa de momo em Brasília. Neste ano, a Operação Lava Jato, que apura denúncias de corrupção na Petrobras, se manteve nas paradas de sucesso."Ai, meu Deus, me dei mal! Bateu na minha porta o japonês da Federal!" é um dos destaques mais irônicos.

OS TRÊS PODERES

Historicamente criticado pela população, o Congresso Nacional também não foi poupado. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), suspeito de envolvimento em corrupção e de ter contas não declaradas na Suíça, foi muito bem lembrado: "Eu também tenho uma continha na Suíça, aí que delícia!".

E por falar em lembrança, o vice-presidente Michel Temer foi escolhido por voto popular pelo tradicional bloco Pacotão, fundado nos anos 60, como o tema do ano. Destaque para a postura dúbia do vice, que cobiça o cargo da presidente Dilma Rousseff (PT): "Seu Michel, aprendiz de Judas...O infiel quer impichar a titular, Michel e Cunha são dois são vergonha".

E, claro, a presidente não foi esquecida - nem poupada - das "homenagens" de carnaval. Discursos da petista que marcaram 2015 não foram perdoados. "Estocar vento", sobre o pronunciamento de Dilma em que questiona a possibilidade de preservar o vento para geração de energia e "Estou saudando a mandioca", em discurso nos Jogos Mundias Indígenas. É um paradão de sucessos políticos.