FIM DA FESTA

No Recife, foliões que se negam a aceitar o fim do carnaval fazem a festa no Arrastão do Frevo

Os resistentes chegaram ao Marco Zero na noite da Terça-feira Gorda e não devem sair do clima nem tão cedo

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 10/02/2016 às 6:56


“Quem é de fato um pernambucano, espera o ano e se mete na brincadeira. Esquece tudo quando cai no frevo e, no melhor da festa, chega a quarta-feira”, diz o verso da música É de Fazer Chorar escrita por Luis Bandeira no final dos anos 1950. Mas, foi-se o tempo em que a Quarta-feira de Cinzas, também conhecida como ingrata, era sinônimo de fim de festa.

Para o brincante do Recife, a folia encontra o ponto alto no Arrastão do Frevo. Mas, antes disso, um orquestrão contagia o público, que se nega a aceitar que o carnaval precisa ter um fim. Entre a noite de terça e a madrugada de hoje, subiram no palco comendado pelo Maestro Spok os artistas pernambucanos Nena Queiroga, Benil, Ayrton Montarroyos, Claudionor e Nono Germano, entre muitos outros.

Foto: Clarissa Siqueira/Rádio Jornal


Nem a chuva, forte e rápida, nem a equipe da limpeza urbana da cidade impediram que os carnavalescos de plantão exaltassem a festa mais longa e democrática do ano.

Saiba mais na reportagem de Clarissa Siqueira:

O Arrastão do Frevo, previsto para começar às 5h, saiu do Marco Zero pouco antes das 7h. Os resistentes seguiram a folia pela Av. Marquês de Olinda, Rua Maria César, Rua da Guia, Praça do Arsenal, Rua do Bom Jesus, Avenida Rio Branco e terminando no Marco Zero.