O ministro Teori Zavascki do Supremo Tribunal Federal determinou no início da tarde desta sexta-feira (19) o relaxamento do senador do PT Delcídio do Amaral, do Mato Grosso do Sul, preso desde 25 de novembro acusado de atrapalhar as investigações na Operação Lava Jato.
Por telefone, o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Gilson Dipp, que é o advogado de defesa do senador do PT, disse que Delcídio sairá da cadeia, vai ao IML fazer exame de corpo de delito e depois ficará à disposição da justiça.
Ele ficará em prisão domiciliar. Durante o dia ele poderá comparecer normalmente ao senado, poderá votar, ser votado e fazer discursos. Delcídio do Amaral só não poderá representar o Senado em missões no exterior. O senador ficará sem o passaporte diplomático, portanto, não vai poder deixar o Brasil. Caso o senador seja cassado no Conselho de Ética e no plenário do Senado a prisão de Delcídio passa a ser uma prisão domiciliar.
Acusado de obstruir as investigações da Polícia Federal na Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras. Delcídio do Amaral ofereceu uma mesada a família de Nestor Cerveró e um plano de fuga para que o ex-diretor da área internacional da empresa brasileira pegasse um avião, viajasse ao Paraguai e lá fosse num jato fretado até a Espanha.
Delcídio do Amaral deve prestar depoimento à justiça na semana que vem e já pediu um habeas corpus, uma autorização da justiça, para prestar depoimento também no plenário do Senado Federal, na terça-feira (23), para se defender das acusações.
Confira os detalhes nos flashs de Romoaldo de Souza: