MOBILIDADE

Um mês depois da inauguração, população aprova pista Leste da Via Mangue, mas ainda critica

Ciclistas reclamam que falta iluminação e segurança no corredor, que liga a Zona Sul ao Centro do Recife

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 21/02/2016 às 15:45

A pista Leste da Via Mangue acumula elogios no quesito mobilidade, ao completar um mês de funcionamento neste domingo. De acordo com a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano, CTTU, o trecho de quatro quilômetros e 300 metros, que liga a Zona Sul do Recife ao Centro da cidade, registra um fluxo médio de 19.300 veículos por dia.

Esse número representa uma migração de 34,5% veículos que circulavam pela Avenida Boa Viagem e de cerca de 20% dos que trafegavam na Avenida Conselheiro Aguiar. Para o engenheiro Fernando Guerra, a via trouxe ganhos na locomoção de casa para o trabalho. “Moro em Candeias e trabalho em Olinda. Estou ganhando muito tempo no trajeto”, afirma.

Apesar do bom funcionamento, a pista Leste da Via Mangue ainda passa por ajustes na sinalização dos sete acessos. Os semáforos na saída do túnel do Pina ainda causam retensão acima do esperado pela CTTU, o que acabou adiando a implantação da faixa azul na Avenida Antônio de Góes. O odontólogo Sebastian Jorge acredita que, no futuro, outros trechos podem apresentar retensão. “Acredito que o trecho do túnel vai apresentar engarrafamentos futuramente, porque eu observo que o volume de veículos vai aumentando e afunilando depois do túnel”, disse.

A pista leste agrada também os ciclistas, por apresentar uma ciclovia. No entanto, a professora de educação física Fátima Padilha chama atenção para a falta de segurança no local. “Nós, ciclistas, só podemos andar em grupo, porque se for sozinho corre o risco de ser assaltado. À noite, a pista fica completamente escura e não tem nenhum guarda no percurso. Se de carro já corremos riscos, imagine de bicicleta”, comentou.

Segundo a gerente de manutenção da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), Fernandha Batista, a escuridão na Via Mangue foi provocada pelo furto de cerca de 500 metros de fio de cobre de rede de iluminação pública.