DESAPARECIDOS

Empresário argentino suspeito de sequestrar filho acusa ex-esposa de agredir as crianças

A fisioterapeuta, no entanto, nega qualquer tipo de agressão e rebate as afirmações do ex-marido

Da Rádio Jornal
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Publicado em 23/02/2016 às 15:31
Foto: Reprodução


Uma reviravolta no caso de Carlinhos, de 8 anos, que teria sito sequestrado pelo próprio pai, segundo acusação da mãe. Nesta terça-feira (23), o pai da criança, o empresário argentino Carlos Attias, foi quem acusou a fisioterapeuta Claudia Budô de agredir os três filhos.

O ex-marido e pai dos três filhos dela enviou um documento ao Portal de Notícias G1 onde relata que a mãe agredia as crianças. Por meio de um áudio, o filho do casal diz que quer ficar com o pai e reforça que a mãe o maltratava e o chantageava.

Claudia Budô vai ser ouvida pela delegada Camilla Lydia Gonçalves, titular da Delegacia do Departamento de Polícia da Criança e Adolescente.

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O gestor do departamento, Neemias Falcão, afirma que as crianças já foram ouvidas e detalha como o caso está sendo investigado. “Diante dessa notícia inicial nós instauramos um procedimento policial para apurar a conduta e as circunstâncias daquilo que foi noticiado pelo genitor. Todas as informações, todas as pessoas que foram citadas na notícia inicial elas serão ouvidas. Todos os envolvidos serão inseridos. As vítimas já foram entrevistadas”, detalhou.

A fisioterapeuta, no entanto, nega qualquer tipo de agressão e rebate as afirmações do ex-marido. “Eu desconheço qualquer tipo de acusação. Nunca chegou até a minha casa nenhuma intimação de nenhuma acusação de maus tratos não. Isso era uma coisa que ele estava programando desde dezembro, desaparecer com meu filho”, contou. “Ele dizia as crianças que queria ir morar na Argentina com ele. Agora o plano dele deu errado. Parece que ele tá por aqui”, acusou a mulher.

Confira os detalhes na reportagem de Suelen Fernandes:

Depois que a mãe fez a acusação, a Polícia Federal emitiu alerta nos portos, aeroportos e fronteiras para que o pai da criança seja pego. O assessor de comunicação da Polícia Federal em Pernambuco, Giovani Santoro, diz que o pai agiu de forma errada porque quem tem que decidir com quem a criança deve ficar é a justiça. “Isso que ele está fazendo é uma forma errada de resolver a situação. É importante que ele tenha consciência e compareça ou a Polícia Federal ou ao DPCA para entregar essa criança, cada vez mais nós estamos fechando o cerco para tentar identificá-lo”, comentou.

O caso ganhou repercussão no último dia 10 de fevereiro, quando a mãe da criança denunciou à polícia federal o desaparecimento do filho e acusou o ex-marido.