CONTRA O CÂNCER

Oncologista critica posição do governo do estado ao apoiar utilização da substância fosfoetanolamina

Defensoria pública do estado está à disposição da sociedade para entrar na justiça e conseguir comprar a substância fosfoetanolamina

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 25/02/2016 às 13:50
Foto: Reprodução/ Internet

O governo do estado divulgou na última terça-feira (23) que a defensoria pública do estado está à disposição da sociedade para entrar na justiça e conseguir comprar a substância fosfoetanolamina, utilizada no tratamento contra o câncer.

O oncologista Rogério Brandão falou nesta quinta-feira (25), no Passando a Limpo, sobre a substância e foi categórico ao afirmar que não se trata de um medicamento. “É um absurdo essa recomendação da procuradoria. A medicina é uma atividade científica e, como tal, ela tem que respeitar todos postulados científicos”, disse. “Todas as práticas médicas, todos os conhecimentos acumulados devem obedecer esse pressuposto.

O profissional se preocupa com o risco de se tomar a fosfoetanolamina, pois o paciente tem que ser respeitado e nenhuma prática deve piorar a situação dele causando mais mal do que o já causado pela doença. Ele explicou como se dão as pesquisas de desenvolvimento de droga. “Com o avanço das ciências básicas, com o melhor entendimento dos fenômenos biológicos, dos mecanismos intrínsecos de desenvolvimento das doenças são identificados alvos que possam ser úteis nos mais variados tratamentos. Foi assim que surgiu essa substância, que não é nova”, detalhou, acrescentando que a fosfoetanolamina surgiu em 1938.

A precipitação do uso da substância e o posicionamento da Defensoria Pública preocupam o médico. Ele alertou que a fosfoetanolamina não passou por nenhuma fase clínica. Os estudos que existem são apernas pré-clínicos.

Confira a entrevista completa:

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