O embaixador britânico Alex Ellis visitou o Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães da Fiocruz, no Recife, nesta sexta-feira (26), para acompanhar o trabalho realizado pelo centro no estudo do zika vírus.
A Fiocruz Pernambuco está desenvolvendo uma pesquisa sobre a biologia do vírus e interação com as células humanas. Esse estudo, que teve início no ano passado, também busca desenvolver potenciais vacinas, além de novos insumos para diagnósticos, como explica o pesquisador da Fiocruz, Rafael França. “Esse projeto tem várias frentes que a gente vai abordar. Então a gente está estudando o vírus, as características da biologia do vírus, os casos clínicos, a sintomatologia, desenvolvimento de testes e diagnósticos”, disse.
“A gente consegue alimentar toda uma rede de pesquisadores tanto em âmbito nacional, quanto colaboradores estrangeiros. A gente consegue fornecedor materiais, a gente consegue fornecer informações a respeito do genoma do vírus. Isso pode ser utilizado para o desenvolvimento de vacinas, testes de diagnóstico, formas de tratamento, entendimento da biologia do processo de infecção e isso vai, ao longo do tempo, alimentar toda uma rede que pode gerar furtos e produtos que podem ser disponibilizados futuramente”, completou o pesquisador Rafael França.
Ainda de acordo com o pesquisador, a Fiocruz recebeu R$ 2 milhões em aporte internacional para desenvolvimento da pesquisa.
Confira os detalhes na reportagem de Isabela Dias:
O embaixador britânico, Alex Ellis, destacou a importância do problema do zika vírus no mundo e os investimentos nas pesquisas realizadas em Pernambuco. “Saio daqui muito animado, encorajado pela determinação, o desempenho dos pesquisadores aqui em Pernambuco, na Fiocruz e também em todo o Brasil para atacar este problema. Um problema que apareceu tão rapidamente, o zika explodiu no país (...) Mas claro há coisas que ainda não sabemos por isso a ciência é tão importante”, comentou.
O embaixador falou ainda que existe uma preocupação natural dos estrangeiros em visitar o Brasil por conta dos problemas com o zika vírus e implicações. Ele defendeu que é importante acelerar o ritmo das pesquisas e o conhecimento do nível de risco que existe.
Na visita do embaixador, também participaram o diretor da Fiocruz, Sinval Brandão Filho e o cônsul britânico do Norte e Nordeste, Grahan Tidey.
Na semana que vem, nos dias 1 e 2 de março, a Fiocruz promove um evento que reunirá pesquisadores internacionais, que irão discutir os aspectos clínicos, epidemiológicos, vetores e a biologia do zika, assim como o diagnóstico da doença.