CRISE NA SAÚDE

Aduseps denuncia número recorde de 626 pacientes aguardando um leito de UTI

A denúncia feita pela Aduseps assustou a entidade. A Secretaria Estadual de Saúde fala em número muito inferior

Da Rádio Jornal
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Publicado em 14/03/2016 às 16:15
A SES afiram que a lista de espera, hoje, tem 157 pacientes
Foto: Divulgação

A Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps) denuncia que um número recorde de pacientes aguarda vagas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) nos hospitais públicos e conveniados de Pernambuco.

De acordo com a mais recente lista da Central de Regulação de Leitos enviada, diariamente, à Aduseps e ao Ministério Público de Pernambuco, 626 pessoas, entre adultos e crianças, esperam a transferência para UTI.

Carlos Freitas, ouvidor da Aduseps, falou sobre a situação alarmante. “A lista primeiro era com 50, 70 a 75 precisando de um leito de UTI. Depois passou para 100, 150, 172 e agora passou para 600 pacientes precisando de leitos de UTI”, revelou.

A lista de necessidades de leitos chega diariamente à Associação e esta nova assustou a entidade. “É um número que nunca aconteceu de pacientes precisando de leitos de UTI”, contou o ouvidor. “Isso dá para entender que as coisas estão cada vez mais insuportáveis na saúde pública devido a essa grande epidemia que está assolando o estado e o país. E os corredores dos hospitais completamente lotados”, comentou.

Caso a família tenha dificuldades para conseguir um leito, o ouvidor Carlos Freitas orienta que a família entre em contato imediatamente com a equipe médica onde o paciente está internado e solicite uma ficha de esclarecimento informando que ele precisa urgente de uma UTI. “Procurar ou o Ministério Público da sua cidade ou o Fórum para que o juiz, imediatamente, interfira por meio de uma ação a transferência desse paciente que é garantida por lei”, aconselhou.

Em nota, a Secretária Estadual de Saúde (SES) dá um número bastante inferior e afirma que a lista de espera, hoje, tem 157 pacientes e que a fila é bastante dinâmica. A SES diz ainda que reconhece a grande demanda, mas que essa tem sido uma prioridade da gestão.