INVESTIGAÇÕES

Condenado na Lava-Jato, Pedro Corrêa aceita acordo de delação premiada

Na delação, o ex-deputado federal teria citado os nomes de 118 pessoas, incluindo Lula e Aécio

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 15/03/2016 às 8:20


O acordo de delação premiada do ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP) com a Procuradoria Geral da República foi assinado na última sexta-feira (11), mas ainda precisa ser homologado pelo procurador-geral, Rodrigo Janot. Na delação, Corrêa teria citado o nome de 118 pessoas, entre políticos, empreiteiros e agentes públicos que trabalhavam na Petrobras.

Entre os políticos, Pedro Corrêa teria citado o nome do ex-presidente Lula (PT), do ministro Jaques Wagner (PT) e do senador mineiro Aécio Neves (PSDB). No documento, o ex-deputado teria dito que Lula sabia da existência de corrupção na Petrobras e de todo o loteamento político que cercava a diretoria internacional da petrolífera.

Pedro Corrêa teria dito ainda que era o responsável por garantir a sustentação do seu partido dentro da base aliada do governo petista. Para isso, recebia propinas geradas a partir de contratos fechados na diretoria de abastecimento da Petrobras, que era comandada por Paulo Roberto Costa, hoje condenado na Operação Lava-Jato.

Para o advogado e primo do ex-deputado, Clóvis Corrêa, as revelações vão ser decisivas para elucidar os trabalhos da Lava-Jato.

Ainda segundo Clóvis Corrêa, o procurador-geral da república, Rodrigo Janot, exige algumas condições para homologar a delação.

Pedro Corrêa foi condenado na Lava-Jato, em outubro de 2015, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em 2013, ele já tinha sido condenado, no Supremo Tribunal Federal, no processo do mensalão, também pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Atualmente, Corrêa está preso no Complexo Presidiário de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Em nota, a assessoria de Lula informou que “não comenta falatórios”.