OPERAÇÃO REMENDA

Charles Lucena é liberado cinco dias depois de ser preso por corrupção

Ex-deputado Federal é alvo de operação que investiga desvios de dinheiro público realizados por meio de ONGs de fachadas

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 21/03/2016 às 5:35
Charles Lucena foi vereador por Recife e depuado federal duas vezes. Reprodução/internet


O ex-deputado federal Charles Lucena passou cinco dias preso no Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima. Ele é um dos alvos da Operação Remenda, que investiga desvios de recursos públicos dos Ministérios da Agricultura e do Turismo.

De acordo com a operação da Polícia Federal e da Corregedoria Geral da União, os desvios eram realizados por meio de irregularidades na contratação de convênios e ONGs de fachadas, como a IBDI. A Polícia Federal considera que Charles Lucena, na época em que foi deputado federal, era responsável pelas emendas parlamentares dos convênios.

Na terça-feira passada, a Polícia Federal apreendeu documentos e veículos na casa de Charles, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Inicialmente, a polícia pediu a prisão de Charles por apenas 5 dias. Como não foi pedida a prorrogação do mandado, ele foi solto.

A reportagem de Rádio Jornal entrou em contato com o ex-deputado assim que ele foi solto. Ele disse que estava bem, mas não iria conceder entrevista por orientação do advogado. A produção também entrou em contato com o advogado dele, Francisco Lacerda, mas não teve sucesso.

A operação remenda realizou mandados de prisão e de busca e apreensão no Recife, Olinda, Afogados da Ingazeira, além dos estados do Ceará, Rio De Janeiro e Distrito Federal. Em coletiva, na semana passada, o superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Marcelo Diniz, falou sobre o esquema fraudulento dentro do Governo Federal.

De acordo com a Polícia Federal, o prejuízo estimado nos desvios nos Ministérios é de R$ 4 milhões. Charles Lucena é médico e já foi vereador do Recife e deputado federal por duas vezes. Atualmente, não exerce mandato político.