A presidente Dilma Rousseff disse, em pronunciamento na última terça-feira (22), que não vai renunciar ao cargo. Ela considerou como tentativa de golpe contra a democracia o processo de impeachment que está em andamento na Câmara dos Deputados.
Para um grupo de militantes, juristas e advogados engajados com a causa do PT, a presidente negou que tivesse cometido qualquer crime para estar em julgamento. Dilma comparou o processo com o período que antecedeu a Ditadura Militar.
Na Câmara dos Deputados, o relator da comissão do impeachment, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), decidiu retirar do processo a delação premiada do ex-líder do Governo, Delcídio do Amaral. Foi retirado o que ele havia contado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, atribuindo à presidente Dilma e ao ex-presidente Lula participação no esquema de corrupção da Petrobrás.
O ministro Zavascki, inclusive, livrou na noite de ontem Lula das garras de Sérgio Moro e pediu que o processo contra o ex-presidente fosse analisado pelo STF. Ele, porém, não invalidou a decisão do ministro Gilmar Mendes de anular a posse de Lula como ministro da Casa Civil.
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