POLÍTICA

"Situação está definida: Dilma sai entre abril e maio", afirma Jarbas

Para deputado, Senado não consegue segurar impeachment após passar pela Câmara. Jarbas Vasconcelos também vislumbrou futuro do Governo Temer

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 23/03/2016 às 9:36
Foto: Bernardo Soares/Arquivo JC Imagem


Histórico opositor dos governos do PT, o ex-governador e deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) acredita que a crise política está mais perto de um desfecho e que a presidente Dilma Rousseff (PT) não deve conseguir resistir ao processo de impeachment aberto na Câmara dos Deputados. Jarbas respondeu às perguntas do programa "Passando A Limpo", na Rádio Jornal, na manhã desta quarta-feira (23).

"Até 10 dias atrás a situação não estava definida. Agora está: Dilma deve sair agora no mês de abril, no máximo no começo de maio", declarou Jarbas. Para o pemedebista, a situação piorou por conta da nomeação do ex-presidente Lula (PT) na Casa Civil e a divulgação dos grampos telefônicos. "Foi desespero dele", disse Jarbas em relação a Lula.

Sobre a reunião da executiva nacional do PMDB marcada para a próxima terça-feira (29), Jarbas diz não ter dúvidas que o partido do vice-presidente Michel Temer deixará o governo. O ex-governador defendeu Temer para ocupar o comando do país: "Temer tem uma trajetória longa, maior que a do Itamar. Ele não pode parecer que está trabalhando a favor do impeachment", disse.

Para Jarbas, "as únicas pessoas quer falam em golpe são a Dilma e o PCdoB. O Supremo definiu o rito do impeachment, não é uma criação da oposição", defendeu. Para Jarbas, só o impeachment de Dilma resolveria a situação atual: "passando na Câmara, o Senado não segura. O processo chega com muita força, o país está pegando fogo, está no abismo", disse.

Em entrevista à Rádio Jornal em fevereiro, o deputado afirmou que esse era o cenário político mais adverso que tinha visto nos últimos 30 anos. Na época, Jarbas afirmou que o impeachment não tinha futuro com Eduardo Cunha à frente.