Toda a documentação produzida no extinto Departamento Estadual de Ordem Política e Social (DOPS), antes e depois da Ditadura de 1964, começa a ser digitalizada hoje, no Recife. A documentação é composta por aproximadamente 1 milhão e 800 mil páginas, o que permite classificá-la como o maior acervo documental de polícia política do Nordeste e um dos maiores do Brasil.
Para falar sobre o assunto, o Passando a Limpo de hoje recebeu o presidente do Arquivo Público de Pernambuco, Evaldo Costa. O órgão é o responsável pelo trabalho, que vai ser realizado por um time de oito pessoas de uma empresa especializada contratada. A previsão é de que o processo dure um ano. "O trabalho deve ser feito de uma maneira muito meticulosa, para respeitar a ordem e a preservação dos documentos", justifica Evaldo.
Evaldo Costa explica que o trabalho é dividido em duas etapas. Antes de serem digitalizados, os documentos devem ser limpos e separados. O presidente do Arquivo Público explica que a digitalização dos documentos não significa o fim do acervo físico. "A digitalização é um processo para ampliar a facilidade de acesso dos documentos para quem se interessar, e para preservar os documentos originais do contato frequente, que desgasta e põe em risco a integridade desse patrimônio", explica.
Confira a entrevista completa com Evaldo Costa abaixo: