IMPEACHMENT

PMDB responsabilizará eticamente ministros que não saírem do governo

Decisão do PMDB de desembarcar do governo deve servir de impacto político para outras legendas que ainda estão indecisas

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 29/03/2016 às 14:29
Cunha, Calheiros e Temer não participarão do evento
Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil


O PMDB já está tão pronto para comandar o país que já teme até o discurso que foi feito nessa segunda-feira (28) pelo líder do governo, o senador Humberto Costa (PT), quando disse que se hoje tem um grupo que diz “sai Dilma”, amanhã não vai ter um grupo “fica Temer”. E, com isso, o próprio PT já ameaça o impeachment do futuro presidente da República, Michel Temer.

Na reunião do PMDB, a decisão mais certa é a seguinte: o partido vai concluir por desembarcar do governo Dilma Rousseff, os ministros podem ser responsabilizados pelo conselho de ética do partido aqueles que não desembarcarem do governo e a vida que segue é o PMDB vai tentar fazer com que essa decisão sirva de impacto político para outras legendas que ainda estão indecisas, como o Partido Progressista, que faz um encontro amanhã também embarque na canoa do PMDB.

O PMDB já tem um projeto pronto, que se chama “Uma Ponte para o futuro”. O projeto trata de três prontos importantes: um deles é a reforma da previdência, o segundo é que do ponto de vista da economia é que o Brasil precisa passar por um profundo choque e dar uma chacoalhada, e o terceiro ponto é a conclusão da votação dos projetos do chamado ajuste fiscal.

Com isso, o PMDB sai do governo, vai responsabilizar eticamente aqueles ministros que não desembarcarem do governo. Ontem já houve a saída do ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, e hoje deve sair o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Mauro Lopes.

Depois, o PMDB vai “construir essa ponte” para começar a comandar o país a partir de meados de setembro e início de outubro quando deve ser concluído o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Confira os detalhes na reportagem de Romoaldo de Souza:

É com esse cenário que o PMDB chega a Brasília hoje decidido a fazer essa análise do cenário político, a sair do governo de Dilma Rousseff e preparar o processo para que Michel Temer assuma o país desde o início do mês de outubro.

Nem o presidente da sigla, Temer, nem o presidente do Senado, Renan Calheiros, e nem o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, vai comparecer ao evento para não impactar na votação. Mas o certo é que Michel Temer já delegou ao senador Romero Jucá para que continue informando minuto a minuto tudo o que se passar nesse encontro nacional do PMDB.