DEBATE

Crise é a chance do Brasil fazer uma remodelagem, avalia cientista político

O debate da Super Manhã desta quinta-feira (7) falou sobre os serviços públicos e a crise

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 07/04/2016 às 20:04
Imagem: Internet/Ilustrativa

A combinação de crise econômica com falta de reajuste salarial e greves é explosiva. O que fazer nesse momento? Para explicar as garantias trabalhistas e patronais, o debate da Super Manhã recebeu, nesta quinta-feira (7), o advogado trabalhista Marcos Alencar, o cientista político Maurício Romão e o presidente do Sindicato dos Servidores do Detran (Sindetran), Alexandre Bulhões.

Após uma reunião, realizada na última terça-feira (5), com o secretário de Administração, Milton Coelho, e o presidente do Detran, Charles Ribeiro, os servidores do Departamento decidiram encerrar a greve. A categoria estava paralisada há mais de um mês e o Tribunal de Justiça de Pernambuco já havia decretado a ilegalidade do movimento.

“Chegamos a um consenso de que seria cumprido um acordo, assinado em 2015, e retornaríamos já amanhã às atividades normais”, explicou Alexandre Bulhões, destacando que a categoria vai começar a discutir, agora, a pauta 2016. “Onde tem o vale alimentação que vai ser aumentado de R$ 154 para R$ 250 e vamos começar a discutir as perdes para junho 2016”, disse.

O cientista político falou sobre a relação servidor, servido e governante em tempos de crise. Segundo ele, é a chance de fazer uma remodelagem do estado brasileiro em vários aspectos. “Primeiro, observando aquelas grandes reformas estruturais que estão sempre decantadas, mas nunca levadas a efeito: reforma trabalhista, tributária, previdenciária e política”, destacou.

Para ele, também é preciso uma reforma do aparelho do estado, da gestão pública. “A questão do servidor e o relacionamento dele com o estado ou com os governos tem a ver também com a questão tributária, trabalhista e previdenciária”, explicou o cientista, comentando que os estados estão desatendidos financeiramente.

Confira o debate completo: