A promotora de Saúde do Ministério Público de Pernambuco, Helena Capela, falou sobre a superlotação de maternidades no Estado em entrevista à Rádio Jornal, na tarde desta sexta-feira (8).
Nessa quinta-feira (7), a imagem de uma gestante entrando em trabalho de parto deitado no chão da Maternidade Barros Lima, na Zona Norte do Recife, chocou a população.
Segundo ela, a questão da assistência materno-infantil é muito séria no Estado. “Existem poucas maternidades, justamente porque os municípios não fazem a parte que lhes é devida no sentido de propiciar que suas moradoras possam ter seus filhos onde moram”, destacou a promotora.
A justificativa das cidades, de acordo com a promotora, é a falta de profissionais para fazer a contratação. O que acaba sobrecarregando as unidades da capital do Estado. “Recife já vive, independentemente dessa situação, uma superlotação”, explicou, dizendo que a rede tem que absorver ainda um aumento de cerca de 30% de gestantes vindas de outras cidades.
Confira a entrevista completa da promotora, que fala também sobre a situação dos municípios menores:
A Maternidade Barros Lima já passou por investigação do MEPE e várias adequações foram feitas do ponto de vista estrutural, por conta de relatórios da Vigilância Sanitária. “Existem um projeto que a execução desse projeto deveria ter sido iniciada em dezembro do ano passado que é para aumentar o número de leitos da Barros Lima”, explicou.
A promotora aponta que uma situação como a que foi denunciada não teria ocorrido, se a obra tivesse sido feita. “Mas a obra não foi iniciada e o MEPE está aguardando da secretaria um cronograma para início e termino da obra”, comentou.
No próximo mês vai ser realizada uma audiência com a diretora da unidade e com a Secretaria Municipal de Saúde.