IMPEACHMENT

Semana decisiva para a presidente Dilma Rousseff na luta contra o processo de impeachment

Comissão do impeachment se reúne às 10h de hoje para primeira votação do relatório de Jovair Arantes (PTB-GO)

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 11/04/2016 às 8:20
Foto: Reprodução/Internet


A comissão especial do impeachment da Câmara dos Deputados vai voltar a se reunir nesta segunda-feira (11), às 10h. Desta vez, vão ser ouvidos os 25 líderes de partidos políticos, que vão ter de três a 10 minutos para falar, de acordo com o tamanho da bancada. Em seguida, é a vez da defesa da presidente Dilma Rousseff. O ministro José Eduardo Cardozo vai ter até 30 minutos para justificar as chamadas pedaladas fiscais.

Depois das acusações da defesa, é hora da primeira votação sobre o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO). O documento, porém, só pode ser votado se a maioria dos 65 deputados estiver em plenário para rejeitar ou aprovar. A oposição do Governo acredita que denúncias veículadas pela imprensa no último fim de semana envolvendo a Caixa Econômica Federal podem aumentar o número de deputados na Câmara dispostos a votar pelo impeachment.

Segundo as reportagens, o Conselho de Administração da Caixa recomendou, em junho de 2014, que o banco suspendesse o pagamento de benefícios de programas sociais, já que havia suspeita de ilegalidade das operações porque os repasses dos bancos públicos estavam atrasados pelo Governo. A direção da Caixa ignorou o pedido e continuou pagando os benefícios, enquanto a campanha para reeleição da presidente ganhava força.

Independente do resultado da votação de hoje, porém, o texto precisa ser referendado pelo plenário da Câmara, composto por 513 deputados. São necessários dois terços dos votos para que o processo siga para o Senado, o que equivale a 342 deputados votando a favor. Se o relatório for rejeitado, vai para o Arquivo. Se for aprovado, uma nova comissão é criada no Senado. E, se a maioria dos senadores aprovar o documento, a presidente precisa se afastar do cargo por até 180 dias. A sessão do Senado para aprovar ou rejeitar o impeachment é comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski.

Ouça a reportagem completa de Romoaldo de Souza: