IML RECIFE

Funcionários do IML dizem sofrer ameaças para não suspender atividades

Suspensão dos serviços compromete a retirada de corpos das vítimas de violência das ruas e a liberação de corpos

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 13/04/2016 às 7:59
Foto: Lélia Perlim/Arquivo Rádio Jornal


Nesta quarta-feira (13), funcionários terceirizados no Instituto de Medicina Legal prometem suspender as atividades, o que deve comprometer a remoção das vítimas das ruas e a liberação de corpos. Eles pedem o pagamento dos salários e equipamentos de segurança para trabalhar.

De acordo com o sindicato que representa a categoria, a ideia era protestar em frente do IML que fica no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, com faixas e cartazes para chamar a atenção da sociedade. Porém, os funcionários estão com medo de aderir ao movimento e serem demitidos.

Foto: Arquivo/TV Jornal


Com a promessa de pagamento pela empresa Staff, os funcionários decidiram não paralisar as atividades. Porém, de acordo com o presidente da Força Sindical, Rinaldo Júnior, estes trabalhadores estavam sendo coagidos por diretores do IML a trabalhar. "A gente não vai aceitar isso. Além de não estar recebendo salário, não estar reebendo material de trabalho individual, com férias vencidas, o trabalhador ainda tem que trabalhar coagido? Pra mim, isso se chama escravidão", diz.

Esta é a segunda vez apenas este ano que os funcionários do IML paralisam as atividades por falta de pagamento. Se o pagamento não for regularizado, a categoria promete paralisar as atividades nesta quinta-feira (14).

Os diretores da empresa terceirizadora de funcionários do IML não foram localizados para falar sobre o assunto.