Por 342 votos, sendo o voto da decisão do deputado pernambucano Bruno Araújo (PSD), a Câmara dos Deputados aprovou a abertura do impeachment. O próximo passo é o encaminhamento do processo para o Senado, possivelmente, entre 18 e 19 de abril, e uma comissão será formada para avaliá-lo. Apenas o Senado pode processar e julgar um presidente da república.
De grito de esperança, discurso do golpismo, governo de fim de feira e guerra no senado: ouça os destaques da votação histórica do impeachment na voz de Romoaldo de Souza.
No Senado, a comissão da Câmara só avalia a admissibilidade, ou seja, se o processo tem condições ou não de seguir. A comissão do Senado deve se reunir entre os dias 21 de abril e 02 de maio. O parecer final é encaminhado ao plenário para uma nova votação. O processo só deve continuar se 41 dos 81 senadores concordarem com ele.
Os senadores dispõem de 180 dias para julgar se Dilma é responsável pelos crimes de responsabilidade apontados no processo. Se eles decidirem usar todo o tempo, o processo termina em outubro deste ano.
A sessão é presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal. O impeachment é aprovado se dois terços dos senadores (54 dos 81) votarem a favor. Se Dilma for condenada, perde o mandato e se torna inelegível por oito anos. Se for absolvida, volta automaticamente ao cargo e recebe o valor que deixou de receber enquanto estava afastada.
O MURO DA DISCÓRDIA
Em Brasília, no final da votação, muro que separou manifestantes pró e contra impeachment acabou ficando em segundo plano. Saiba mais na reportagem de Igor Maciel: