O placar final da votação deste domingo na câmara dos deputados foi de 367 votos favoráveis, 137 contra e sete abstenções. As duas ausências foram de Aníbal Fernandes do Ceará, que foi internado após uma cirurgia de emergência, e Clarissa Garotinho do Rio de Janeiro, que está de licença por causa de uma gravidez de alto risco.
A sessão presidida por Eduardo Cunha durou seis horas e teve de tudo – empurra-empurra, cusparada e farpas para todos os lados. O parecer com a aprovação do processo de impeachment será lido no senado na sessão desta terça-feira (19).
O processo será semelhante ao da Câmara, com uma comissão especial, relatório e votação do parecer. Caso seja aprovado, aí sim é que a presidente Dilma é afastada do cargo e substituída pelo vice-presidente Michel Temer por até 180 dias.
No prazo, o Senado se reúne para decidir se ela será definitivamente afastada ou se volta ao cargo. O cientista político e professor Isaque Luna detalha o momento em que a petista pode deixar a cadeira no Palácio do Planalto:
Em nota, o governador Paulo Câmara diz que a eventual saída da petista não significará o fim da crise. Já o ex-presidente Lula se reúne com a cúpula do PT nesta terça-feira (19) para definir os próximos passos.
O cientista político Michel Zaidan avalia que nem todo mundo apoia o resultado da sessão na Câmara:
De acordo com o Palácio do Planalto, a agenda da presidente Dilma nesta segunda-feira (18) é reservada para despachos internos.