OPINIÃO

Se assumir a presidência, Temer precisará de trabalho conjunto para barrar a crise

De acordo com economista, forte respaldo do Congresso Nacional é importante para solucionar o problema

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 18/04/2016 às 13:59
Foto: Rádio Jornal


Um dia após a votação do pedido do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o que acontecerá com o Brasil? Quais os próximos passos? O debate da Super Manhã recebeu, nesta segunda-feira (18), o jornalista Ivanildo Sampaio, o economista Jorge Jatobá e o jurista José Paulo Cavalcanti.

O advogado Geral da União, José Eduardo Cardozo, foi o porta-voz do governo e disse que a presidente Dilma Rousseff não irá se curvar e lutará até o fim do seu mandato. “O que está acontecendo é absolutamente ilegal”, destacou o jurista José Paulo Cavalcanti. “Eu dei uma olhada nos impeachments que aconteceram no Brasil e lá fora, não são muitos. Todos os acusados tinham os seus advogados pessoais, porque o que está jogo não é a instituição da presidência é a pessoa física do presidente que está sendo questionado”, justificou, explicando que José Eduardo Cardozo não pode advogar neste caso.

Com uma possível tomada de poder pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB), o economista Jorge Jatobá fala os rumos que o Temer deve tomar para restabelecer a economia do país. “O governo atual não tinha a menor condição política de levar à frente, minimamente, um programa de ajuste fiscal”, disse.

O economista destaca que a solução para a crise precisará de um trabalho conjunto. “Uma crise que para ser resolvida vai exigir uma ação conjunta do governo, do executivo, com forte respaldo do Congresso Nacional”, avaliou.

Jatobá ainda aponta o maior problema da crise econômica brasileira. “É um problema que a gente chama de dominância fiscal. Não é um problema conjuntural, ele foi agravado nos governos do PT mas ele já vinha de antes”, apontou. “O estado brasileiro vinha gastando muito acima da sua capacidade de arrecadar, por isso a dívida estava aumentando”, explicou. “Hoje, se você não resolver esse problema, você sinaliza aos agentes econômicos que o estado ou pode aumentar imposto ou pode não pagar o que deve, o que gera inflação e desestimula a atividade produtiva”, esclareceu o economista.

Confira o debate completo: