À imprensa internacional, Dilma chama vice-presidente de golpista

Durante coletiva, que durou mais de uma hora, Dilma fez um discurso semelhante ao que vem fazendo nos últimos meses

Da Rádio Jornal
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Publicado em 19/04/2016 às 16:31
Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR

A presidenta Dilma Rousseff convocou uma entrevista coletiva, nesta terça-feira (19), para os jornalistas internacionais. Ela fez um discurso semelhante ao que vem fazendo nos últimos meses.

Dilma Rousseff disse o impeachment é golpe, afirmou que na América Latina há uma tendência muito grande dos presidentes serem retirados do poder sem cometerem nenhum tipo crime e afirmou que, infelizmente, no Brasil nós temos um vice-presidente que é golpista, farsante e temos uma política que tem um veio virado para o golpismo, que sempre se preocupou em destituir presidentes legitimamente eleitos.

Ontem, Dilma havia se reunido com jornalistas brasileiros, fez um sorteio para escolher as perguntas e falou durante cerca de 35 minutos.

Nesta terça, na entrevista com a imprensa internacional, Dilma não fez sorteio e falou por mais de uma hora. A presidente fez um discurso internacional na coletiva que foi transmitida por diversas emissoras de rádio do mundo todo, alguns canais de televisão que também pegaram o sinal porque foram avisados com antecedência.

Confira na reportagem de Romoaldo de Souza:

No Senado Federal já ficou definido qual vai ser o rito para que os senadores julguem o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Processo esse que chegou na tarde dessa segunda-feira (18) no Senado, entregue por um auxiliar do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Mas depois, Cunha e Renan Calheiros, presidente do Senado, se reuniram para uma fotografia.

Ficou acertado que até o dia 26 de abril, vai ser instalada a comissão. O relatório está sendo lido no Senado, nesta tarde. No dia 10 de maio, a comissão vai ter que concluir a votação do relatório na comissão especial, formada por 21 senadores, composta pela maioria das legendas.

Entre 17 e 18 de maio, no plenário do Senado Federal, vai ser votado o relatório dessa comissão. A reunião vai ser presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Ricardo Lewandowsk. Se o relatório for arquivado o país segue em frente. Se for aprovado, a presidente Dilma será afastada do cargo para preparar sua defesa durante 180 dias e segue o processo no Senado.