BRASÍLIA

STF adia julgamento sobre nomeação de Lula para a Casa Civil

Em março, a presidenta Dilma empossou Lula, mas o ex-presidente ficou no cargo por poucas horas já que uma ação da oposição impediu que ele continuasse no cargo

Da Rádio Jornal
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Publicado em 20/04/2016 às 15:23
Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (20) adiar o julgamento sobre a validade da nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, suspensa no mês passado, por meio de uma liminar proferida pelo ministro Gilmar Mendes.

No início da sessão em que os recursos seriam julgados, os ministros decidiram adiar a análise para julgar em conjunto outras duas ações que chegaram à Corte, e que também questionam a decisão de Mendes. As novas ações são de relatoria de outro ministro, Teori Zavascki, que pediu mais tempo para analisá-las.

Líderes do governo se reuniram nesta quarta-feira (20) com o ministro José Eduardo Cardoso da Advocacia-Geral da União para definirem a estratégia de defesa da presidenta já a partir da semana que vem, quando a comissão começa a trabalhar.

José Eduardo Cardozo também comentou na reunião com os senadores aliados a estratégia de defesa para que o ex-presidente Lula retome o comando da Casa Civil. Em março, a presidenta Dilma empossou Lula, mas o ex-presidente ficou no cargo por poucas horas já que uma ação da oposição impediu que ele continuasse no Ministério. Cardozo disse que não há nada que pese contra o ex-presidente.

Confira os detalhes na reportagem de Romoaldo de Souza:

O presidente do Senado, Renan Calheiros, reclamou do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que tem dado declarações recomendando que os deputados cruzem os braços para apressar os senadores a darem agilidade no processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

“Eu não vou aqui no Senado apostar num nocaute, no agravamento da crise. Eu vou ter toda responsabilidade para que nós tenhamos um desfecho com mais previsibilidade, dentro de um espaço de tempo que garanta às partes fazer sua defesa de um lado e sua acusação do outro”, destacou, apontando ainda que é ruim para o momento atual do país uma casa tentar interferir na funcionalidade da outra.