ENTREVISTA

Comandante da PM diz que não é hora de pedir aumento e descarta greve

Coronel D’Albuquerque reconheceu que podem haver coletes à prova de balas vencidos e disse viaturas serão substituídas nos próximos dois meses

Rádio Jornal
Rádio Jornal
Publicado em 26/04/2016 às 9:31
Policiais militares pedem 18,5% de reajuste mais 6,5% de gratificação pelo combate à violêncioa. PMs também denunciam viaturas com pneus carecas e falta de fardamento


Em meio a uma campanha salarial que pode resultar em greve, o comandante da Polícia Militar em Pernambuco, Coronel D’Albuquerque, tranquilizou a população sobre a possibilidade de paralisação parcial ou total das atividades no Estado. “Não acreditamos que haja movimento [greve]. Acreditamos na sensibilidade do nosso pessoal”, disse.

Enquanto o Governo do Estado diz que não tem dinheiro para reajustar os salários, a tropa reivindica reposição de 18,5% equivalente ao período de 2014 e 2015. Eles também pedem 6,5% a título de valorização da categoria pelo combate à violência. Em entrevista à Rádio Jornal, D’Albuquerque disse que o momento não é para pedir aumento, mas sim de garantir os salários em dia e melhores condições de trabalho.

Sobre a possibilidade de aumento zero, o Comandante da PM afirmou que a corporação vai entender o momento difícil que o Estado passa. "A gente não pode gastar mais do que arrecada e a gente tem que trabalhar em cima disso. É isso que tenho conversado com as tropas", disse. "A tropa tem ciência que a sociedade confia na Polícia Militar e a PM está pronta para manter a regularidade das suas atividades", completa.

Sobre o armamento e a denúncia de coletes à prova de balas vencidos, o Coronel D’Albuquerque reconheceu que podem haver falhas. "Poderemos sim ter alguns casos em que os coletes possam estar em dias de vencimento, mas é uma preocupação nossa identificar esses coletes e fazer a substituição", disse. Em relação às viaturas com pneus carecas, o comandante afirmou que, nos próximos dois meses, pelo menos 900 viaturas da Polícia Militar serão trocadas.

Na conversa com o comunicador Geraldo Freire e o jornalista Diogo Menezes, o Comandante ainda fez uma ressalva sobre a falta de fardamento para cabos e soldados. Em relação ao atendimento das associações sindicais, o Coronel D'Albuquerque disse estar atento às pautas da categoria e disposto a ouvir suas demandas.