Os governistas e a oposição continuam se estranhando na comissão especial de impeachment no Senado. Em meio a momentos de discussão e bate-boca, os aliados da presidente Dilma Rousseff continuam chamando o processo de golpe e isso não agrada os senadores com opinião contrária. Também há, porém, instantes de entendimento, como quando foram aprovados os requerimentos para que sejam ouvidas a acusação e defesa, além de testemunhas como dirigentes do Banco do Brasil e os ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e da Agricultura, Kátia Abreu.
Já a presidente Dilma ainda encontra energia para defender o mandato dela com unhas e dentes em público. Na noite da última quarta-feira (27), ela fez um discurso duro na Conferência de Direitos Humanos. "Vocês sabem muito bem que esse processo tem um pecado original. Esse pecado original é o presidente da Câmara", disse, referindo-se ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Cunha, inclusive, minimizou as críticas da presidente e disse que Dilma não governa mais. Para ele, é hora de esperar o próximo governo. Nesta quinta-feira, a comissão do impeachment no Senado vai abrir espaço para pronunciamento da acusação. Saiba mais no flash de Romoaldo de Souza: