OPINIÃO

Lulismo conseguiu impedir enfraquecimento do PT, diz cientista político

O debate da Super Manhã discutiu os rumos do Partido dos Trabalhadores nesta quinta-feira

Rádio Jornal
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Publicado em 28/04/2016 às 13:53
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula


O debate da Super Manhã recebeu nesta quinta-feira (28) o presidente do Partido dos Trabalhadores em Pernambuco (PT-PE), Bruno Ribeiro, o cientista político Adriano Oliveira e o colunista de política do Jornal do Commercio Franco Benites.

Em pauta, os rumos do PT, após escândalos de corrupção envolvendo políticos da sigla e a iminência de uma presidente eleita pelo partido sofrer o impeachment. O PT está na presidência do país desde o início dos anos 2000.

O cientista político Adriano Oliveira fala sobre a associação entre o "petismo" e o "lulismo". "Em 1989, era visível a existência do petismo com Lula no processo de liderança desse petismo, ainda não existia o lulismo. A partir de 2002, o lulismo também não existia e o petismo já era uma grife porque representava a esperança dos brasileiros por uma melhoria de vida e também no âmbito do combate à corrupção", disse, explicando que o partido representava a esperança.

"A partir de 2006 ocorre uma dissociação. Petismo passa a ser independente e o lulismo passa a existir. E em 2010 o lulismo se consolida e passa a ser a alavanca do petismo. Lula conseguiu ser um consenso em todas as classes sociais", detalhou o cientista político.

Segundo ele, mesmo com os escândalos de corrupção envolvendo o partido, o carisma de Lula e como ele conseguiu conduzir a economia do Brasil impediram o enfraquecimento do partido.

Confira os detalhes completo no debate:

Sobre a forte relação entre o ex-presidente Lula e o PT, Bruno Ribeiro opina. “Há uma relação extremamente intrincada. Não há Lula sem PT também. Lula é a maior liderança popular da história brasileira, Lula foi fundador do PT e da CUT mas não seria o que é sem o PT”, comentou.

Bruno Ribeiro participou do debate da Super Manhã

Pesquisas apontam uma grande rejeição do partido. Mas Bruno Ribeiro acredita que o PT vai sim superar essa crise. “O PT ainda é o partido predileto de uma grande quantidade de recifenses e brasileiros. É um partido com 1,5 milhão de filiados e tem um enorme legado no país”, disse. “Nós, nesses 14 anos de governo, promovemos uma ascensão de 38 milhões de pessoas na classe média, um crescimento com inclusão social. Saímos do mapa da fome da ONU”, destacou.

Ele ainda destaca as ações de apoio à população que sofre com a seca em Pernambuco. “Estamos vivendo as primeiras secas sem saque, sem morte de crianças. Isso é um produto direto das políticas do partido, como bolsa família. A água na seca não é mais mercadoria para comprar a consciência das pessoas”, apontou.