BRASÍLIA

Nobel da Paz chama impeachment de Dilma de golpe e senador rebate

Senador Cristóvam Buarque (PPS) disse que Adolfo Pérez Esquivel foi manipulado pelos petistas

Rádio Jornal
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Publicado em 28/04/2016 às 17:43
Foto: José Cruz/ Agência Brasil

O argentino vencedor do prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, primeiro esteve no Palácio do Planalto, onde tirou foto, abraçou e beijou a presidenta Dilma Rousseffm, nesta quinta-feira (28). Na saída, ele deu uma entrevista e chamou de golpe o processo de impeachment da presidenta.

Em seguida, Esquivel foi ao Senado e se reuniu com todos os senadores do Partido dos Trabalhadores. Após o encontro, a bancada do PT levou o prêmio Nobel da Paz para o plenário do Senado.

Segundo o regimento do Senado, ninguém pode falar enquanto estiver ocorrendo uma sessão deliberativa. Só pode uma pessoa que não é senadora falar no plenário se for numa sessão solene, o que não era o caso.

Mesmo assim, o presidente da sessão, Paulo Paim (PT-RS), abriu o microfone e deu a palavra ao prêmio Nobel da Paz, que em 1980 defendia as madres da Praça de Maio na Argentina e defendia os direitos humanos naquele país.

Ele disse que é preciso respeitar o direito dos eleitores, da população brasileira e disse que era necessário que houvesse uma continuidade do mandato da presidenta Dilma Rousseff e chamou de golpe o processo de impeachment que está sendo discutido na casa.

Imediatamente houve uma confusão porque todos os parlamentares de oposição foram ao plenário. A partir daí, foi necessário que o presidente da Sessão, Paulo Paim retirasse dos anais dos pronunciamentos a palavra de Adolfo Pérez que chama de golpe o processo de impeachment.

O senador Cristovam Buarque (PPS) pediu a palavra para dizer que lamentavelmente o prêmio Nobel da Paz de 1980 foi manipulado pelos petistas. “É uma pena que ele não tenha escutado outras pessoas para ver que não tem golpe”, disse.

Confira os detalhes na reportagem de Romoaldo de Souza: