A ordem que foi dada pela Justiça de Sergipe para que as operadoras de telefonia fixa e móvel façam o bloqueio do aplicativo Whatsapp por 72 horas. A determinação entraria em vigor a partir das 14h, desta segunda-feira (2) mas neste horário ainda era possível enviar e receber mensagens, com uma certa dificuldade. Posteriormente, o serviço foi bloqueado.
A pesquisadora do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas, Marília Maciel, falou sobre as alternativas para os usuários. “Como alternativas paliativas, ele pode utilizar outras redes semelhantes ao Whatsapp”, disse, apontando ainda que a maioria da população brasileira utiliza a plataforma. “Mas há outras plataformas disponíveis, algumas delas até melhores do ponto de vista da proteção dos dados das comunicações dos usuários”, comentou.
Ele lembrou que na última vez que o aplicativo foi bloqueado, muita gente passou a utilizar o Telegram. “Na verdade, o que eu acho que a gente deveria discutir, é que casos como esse de bloqueio eles trazem uma medida que é extremamente desproporcional àquilo que o juiz está tentando corrigir, no caso, que é a falta de comprimento por uma empresa específica, mas acaba atingido a vida de milhões de brasileiros que não têm nada a ver com esse processo”, criticou a pesquisadora.
Confira a entrevista completa e tire outras dúvidas:
Recentemente, o Facebook, que é dono do Whatsapp tomou a decisão de criptografar as mensagens, que se tornam inacessíveis, nem a própria empresa. “Se por acaso for relacionado [o bloqueio] ao conteúdo e se ele trafegou depois daquela data que houve a criptografia realmente a empresa não teria como entregar”, explicou.
Ela avalia de forma positiva a criptografia das mensagens. “É uma medida bem interessante em relação a proteção de privacidade, porque quando a gente circula conteúdo na internet sem criptografia a gente pode fazer uma analogia com aquele velho cartão postal (...) quando as nossas mensagens não são criptografadas elas circulam completamente abertas”, comparou a pesquisadora.
Marília Maciel ainda comentou a utilização do Marco Civil.