BRASÍLIA

Advogada comenta viabilidade de pedido de Cardozo para anular impeachment

Ministro José Eduardo Cardozo disse que vai pedir anulação com base no afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha

Rádio Jornal
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Publicado em 05/05/2016 às 17:22
Ministro José Eduardo Cardozo
Foto: Agência Brasil

A decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que decidiu, nesta quinta-feira (5), afastar o deputado Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados. A partir dessa decisão, o advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo disse que vai pedir a anulação do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff com base no afastamento do presidente da Câmara.

A advogada e professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Liana Cirne Lins, falou sobre a decisão de Cardozo que, segundo ela, há cabimento. De acordo com a advogada, o ministro se sustenta, pois, nessa decisão liminar ficou evidenciado que o deputado Eduardo Cunha agia em desvio de poder, manipulando a tramitação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados.

Advogada Liane Cirne Lins é professora da UFPE
Foto: Guilherme Santos/Sul21

“Isso já era uma afirmação do doutor Cardozo, não é uma novidade. Ele já vinha fazendo essa afirmação, inclusive sustentou isso no Senado quando, fazendo o histórico do processo de impeachment, fez referência ao fato de que Cunha manobrou o processo de impeachment como uma retaliação ao fato de que o PT havia afirmado de que não iria favorecer o seu livramento do processo de ética na própria Câmara dos Deputados”, destacou Liana Cirne Lins.

Confira a entrevista completa:

O ministro Cardozo vai requerer ao Supremo Tribunal Federal. “Sempre que o judiciário declara a nulidade de determinados atos processuais, ele tem que dizer quais são os atos encadeados que ficam prejudicados”, disse. “A decisão que declara a nulidade de um determinado ato, essa decisão já indica quais outros atos, consequentemente, ficariam também prejudicados”, continuou.