SAÚDE

Hospital da Mulher do Recife entra em operação com atendimento parcial

O Hospital da Mulher tem capacidade para realizar 67 mil procedimentos por mês, entre eles, 400 partos

Rádio Jornal
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Publicado em 10/05/2016 às 5:54
Foto: Diego Nigro/JC Imagem


O Hospital da Mulher do Recife Doutora Maria das Mercês Pontes Cunha abre as portas ao público na manhã desta terça-feira (10). A pomposa cerimônia de inauguração marcada para ontem foi adiada por conta das chuvas intensas e não tem data para acontecer. A unidade de saúde fica na BR-101 Sul, no Curado, nas imediações da Ceasa.

O prédio tem cerca de 13.400m² e capacidade para realizar 67 mil procedimentos por mês. São 400 partos, 250 cirurgias, além de exames, internações e atendimentos ambulatoriais. O hospital terá as subespecialidades ginecologia infanto puberal, climatério, serviço de esterilização cirúrgica, mastologia e assistência à população LGBTT (lésbicas, bissexuais e transexuais).

Foto: Lélia Perlim/Rádio Jornal


A primeira paciente a ser atendida foi a técnica de enfermagem Eliane Trindade, de 56 anos. Ela foi atendida pelo mastologista e recebeu encaminhamentos para realizar os exames no Hospital mesmo. "A doutora me olhou olho no olho. A gente conversou bastante. Estou achando isso aqui maravilhoso", disse:

O Hospital da Mulher do Recife tem 150 leitos distribuídos inclusive no centro cirúrgico moderno e na maternidade de alto risco. O atendimento começa na manhã desta terça-feira somente para consultas e exames.

A unidade contará ainda com banco de leite humano, endocrinologista, cardiologista, nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta, odontólogos e enfermeiros. Ainda serão realizados mensalmente 2.680 ultrassonografias, 4.000 exames de raio-X e 1.320 exames de mamografia. O Hospital da Mulher custou R$ 118 milhões e teve investimentos da própria Prefeitura, do Governo do Estado e do Governo Federal.

HOMENAGEADA – O Hospital da Mulher do Recife leva o nome de Maria das Mercês Pontes Lima Cunha, médica dedicou a vida profissional à prevenção do câncer ginecológico. Nascida em São José da Lage, em Alagoas, formou-se em medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e se dedicou à ela durante toda a vida.

Em 1956 iniciou aperfeiçoamento na Clínica Ginecológica Colposcopia e Colpocitologia no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), implantando em 1957 o Serviço de Prevenção do Câncer do Colo Uterino, quando contratada pelo Hospital das clínicas da UFPE, surgindo daí o Setor de Citopatologia na Cadeira de Anatomia Patológica e Fisiologia. Em 1960 passou a ser instrutora de ensino pela UFPE, após especialização pela Universidade Federal de Minas Gerais.

No ano de 1973, fez o Curso de Ensino Aprendizagem UFPE e ainda naquele ano, implantou o Centro de Citohistopatologia e iniciou o primeiro Curso de Formação de Citotécnicos pela Secretaria de Saúde de Pernambuco/Fusam. Também passou a assessorar o Ministério da Saúde Divisão Nacional de Doenças Crônicas e Degenerativas e prestou Consultoria a OPAS/OMS. em 1994, recebeu o título de Professora Emérita da UFPE.

Dra. Mercês Pontes Lima Cunha faleceu no Recife em 20 de fevereiro de 2000 vítima da doença contra a qual lutou e dedicou a vida profissional, o câncer.