DEBATE

Ministro das Cidades desmente suspensão do 'Minha Casa, Minha Vida'

Bruno Araújo afirmou que informação foi um mal entendido. "Vamos buscar parcerias na iniciativa privada para viabilizar e aprimorar programa", disse na Rádio Jornal

Rádio Jornal
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Publicado em 20/05/2016 às 11:54


Em entrevista à Rádio Jornal, o ministro das Cidades do Governo Temer, Bruno Araújo (PSDB), afirmou veementemente que o programa "Minha Casa, Minha Vida", criado pelo Governo Lula e ampliado no Governo Dilma, não será suspenso. O pernambucano desmentiu a informação, divulgada pelo jornal Estadão, que toda a terceira fase do programa teria a contratação suspensa para avaliação do programa.

"O governo se comprometeu com obras que a sociedade não podia pagar", disse, afirmando que vai pedir uma auditoria fiscal para separar "o que é o 'Minha Casa, Minha Vida' do Governo Temer e o que é do Governo Dilma". Para ele, será necessário fazer uma revisão na forma da contratação do programa, mas isso deve acontecer sem a necessidade de suspensão do programa.

O ministro das Cidades afirmou ainda que não pode se comprometer com a promessa de construir dois milhões de casas feita pela presidente Dilma, que afastada durante o processo de impeachment aberto no último dia 12 de abril. "O 'Minha Casa, Minha Vida' 3 está lançado. Se os recursos que temos forem suficientes para 2 milhões de casas, vamos cumprir meta", completou.

Leia também: Governo Temer suspende todas as novas contratações do Minha Casa Minha Vida

Foto: Rafael Souza/Rádio Jornal

A forma de financiamento das casas também deve ser refeita. "Vamos fazer uma parceria com o capital privado para ajudar a construir os habitacionais do 'Minha Casa, Minha Vida'. Dinheiro nós não temos", disse.

Para Araújo, a gestão petista tratava o programa com uma relação política muito forte. ""Há cerca de 50 mil casas para serem entregues e Dilma disse que faltou Ministros para inaugurar", afirmou.

Sobre as eleições municipais e o rompimento com o governador Paulo Câmara (PSB-PE), Bruno Araújo afirmou que o diálogo é permanente com a gestão estadual, mas que, com Eduardo Campos, morto em acidente aéreo em 2014, o trânsito era mais livre. "Eduardo Campos trabalhava somando, essa nova fase do PSB em PE pensa de outra forma", alfinetou.

Ainda sobre leições, Araújo disse que o PSDB não abre mão dos candidatos próprios. No Recife, o nome é de Daniel Coelho, enquanto em Caruaru, a candidata é Raquel Lyra, filha do ex-governador João Lyra, que foi vice na gestão Campos. "Queremos segundo turno no Recife e há grandes chances de Daniel Coelho assumir o pleito", disse.

O ministro Bruno Araújo foi entrevistado pelo comunicador Geraldo Freire no debate do programa Super Manhã. Participaram da entrevista o diretor de Redação do Jornal do Commercio, Laurindo Ferreira, e o colunista de política, Giovanni Sandes.