Romero Jucá (PMDB-RR) pediu licenciamento do cargo de ministro do Planejamento no final da tarde desta segunda-feira, após ter afirmado que não deixaria a pasta, ainda pela manhã. Ele já assume a vaga no Senado nesta terça-feira.
A decisão foi tomada após o jornal Folha de São Paulo publicar conversas gravadas de Jucá em que ele fala que seria preciso interromper a Operação Lava Jato. Ele fez o anuncio após reunião com o presidente interino, Michele Temer (PMDB).
Jucá disse que vai protocolar hoje um pedido na Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o órgão avalie se há alguma ilegalidade na gravação que comprometa a permanência dele no ministério. No período da licença, Jucá reassumirá o mandato de senador e permanecerá na presidência do PMDB. O Ministério do Planejamento ficará sob comando do secretário-executivo, Dyogo de Oliveira.
Na conversa divulgada pelo jornal, Jucá fala ainda que a interrupção das investigações só seria possível com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
"No meu gesto, é um exemplo de que nós somos transparentes, nada temos a esconder e eu aguardo com tranquilidade a manifestação do Ministério Público porque sei que não fiz nada de errado", defendeu-se Jucá, aos gritos de "golpista" ao fundo.
Confira trecho da entrevista coletiva: