O momento que antecede a morte de um paciente internado numa unidade de saúde pode ser fundamental na decisão de familiares quando o assunto é a doação de órgãos e tecidos.
Pernambuco é o segundo estado no ranking de transplantes de coração e medula óssea e destaque no Nordeste. Nos últimos anos, tem conseguido baixar de forma considerável a taxa de negativa e fechou 2015 com um índice de 49%.
O desafio agora é reduzir a menos de 40%, como explica Noemi Gomes, coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco. “Esse [índice] é o que preconizado a nível de grandes centros, então a gente está tentando chegar nesse ponto. Tudo isso vai depender do envolvimento e da capacidade das pessoas de sair da sua zona de conforto e olhar para essa questão da relação com a família da comunicação da má notícia com outro olhar”, disse.
No entanto, o sucesso depende da sensibilização de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, já a partir do primeiro contato no hospital.
Um seminário, no Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) discutiu com os profissionais que lidam diretamente com a captação de órgãos, a comunicação da má notícia e entrevista familiar para doação.
Confira os detalhes na reportagem de Rafael Carneiro:
Para ser doador é necessário comunicar o desejo aos familiares e em caso de morte encefálica os parentes devem procurar o médico responsável e expressar o desejo. Em média, um único doador pode beneficiar até sete pessoas na fila de espera.
De acordo com a Central de Transplantes de Pernambuco, 1347 pacientes aguardam por procedimento.