JULGAMENTO

'A dor nunca passou, nem vai passar', diz mãe de Maria Alice Seabra

Quinta audiência de instrução para o caso do assassinato de Maria Alice acontece em junho. Mãe espera pena máxima

Rádio Jornal
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Publicado em 27/05/2016 às 9:59


Reportagem de Rafael Carneiro

Nesta sexta-feira (27), o caso do assassinato de Maria Alice Seabra ganhou mais uma prorrogação. A expectativa da família da jovem de 19 anos que foi assassinada pelo padrasto em junho de 2015 era de que fosse marcada a data do julgamento e que Gildo da Silva Xavier, de 34 anos, fosse a júri popular. No entanto, uma nova audiência foi marcada para apreciação do caso.

A Justiça ouviu como testemunha José Roberto Gonçalves, amigo íntimo da família do réu. O depoimento durou cerca de 20 minutos e nele foi confirmada a relação próxima com Gildo Xavier. Com isso o ouvido passa a ser informante.

Ainda não há decisão se Gildo vai a júri popular ou não. O próximo capítulo ocorre no dia 8 de junho, com ouvida do patrão de Gildo, convocado pela promotoria do CasoAlice.

Essa é a quarta audiência de instrução para o julgamento do assassinato de Maria Alice e acontece no Fórum de Paulista. Outras três audiências de instrução já foram realizadas para o julgamento do caso. a primeira em Itapissuma, onde o crime aconteceu, a segunda em Igarassu e a terceira em Belo Jardim.

A mãe de Maria Alice, Maria José Arruda, espera que o sofrimento finalmente chegue ao fim. "Toda vez que se fala disso, a ferida se abre. A dor nunca passou, nem vai passar", disse à Rádio Jornal antes da audiência.

A expectativa dela é que ele vá a júri popular e seja condenado. "Encarar ele eu não vou. Não quero ver ele na minha frente. Espero que ele pegue 40 anos de prisão e passe pelo menos 30 em regime fechado", disse.

MARIA ALICE - A jovem Maria Alice Seabra foi sequestrada, estuprada e morta em junho de 2015. O padrasto dela, Gildo Xavier, confessou que planejou e executou o crime, que pode ser tipificado como feminicídio.