Dois funcionários terceirizados da Celpe foram presos suspeitos de adulterar o contador de energia de uma residência no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. A prisão aconteceu na manhã desta sexta-feira (27).
De acordo com a polícia, Wesley Lopes Reis, de 21 anos, e Carlos Eduardo Lima do Nascimento, de 33, chegaram até a casa da vítima no último dia 24 para fazer uma vistoria, afirmando que o medidor de energia elétrica estava com irregularidades e que precisava de reparo.
A dupla ainda chegou a conversar com o morador, dizendo que o equipamento precisava passar por um procedimento e que se ele pagasse a quantia de R$ 1 mil o equipamento teria a conta mensal zerada.
Confira os detalhes na reportagem de Juliana Oliveira:
A vítima, após estranhar a atitude da dupla, procurou a Celpe e a Delegacia. “Essa falsificação se deu no dia 24, no período da manhã. Só que os suspeitos ficaram cobrando a vítima até hoje e ele teria agendado para receber a vantagem indevida de R$ 1 mil. A gente chegou e conseguiu deter os suspeitos”, explicou o delegado responsável pelas investigações Carlos Couto.
De acordo com o delegado, ele teria cometido a irregularidade em outras cinco residências. Informalmente, a dupla confessa que fizeram que a adulteração, mas divergem apenas quanto ao valor cobrado. Eles dizem que seria R$ 500, e não R$ 1 mil.
Os suspeitos foram autuados por corrupção passiva e encaminhados para audiência de custódia.
A Celpe respondeu por meio de nota:
Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) denunciou à Polícia Civil a conduta irregular de uma equipe terceirizada que atuava no processo de inspeção.
O flagrante para coibir o caso de extorsão foi articulado pela própria concessionária após informação repassada por uma cliente. Os dois técnicos foram encaminhados à autoridade policial e autuados, no final da manhã desta sexta-feira (27), na Delegacia de Boa Viagem.
A Celpe orienta que ao suspeitar de irregularidades na conduta dos profissionais, o consumidor deve denunciar o caso, imediatamente, à concessionária por meio dos canais de atendimento. A empresa reforça que não corrobora com a atuação ilegal de qualquer profissional a serviço da empresa e fiscaliza continuamente os processos comerciais e operacionais. As denúncias são devidamente apuradas e, em caso de constatação, são adotadas as medidas cabíveis.