EDUCAÇÃO

Atitude Adotiva: é preciso falar sobre cultura do estupro

Na coluna Atitude Adotiva desta quinta (02), o professor Guilherme Moura falou de educação sexual

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 02/06/2016 às 23:22
Foto Ilustrativa

Diante dos últimos casos bárbaros de estupro que se tornaram conhecidos no Brasil, com destaque para a história da jovem de 16 anos, vítima de estupro coletivo em uma comunidade da Zona Oeste do Rio de Janeiro; a coluna Atitude Adotiva desta quinta-feira (02) trouxe à tona um tema que merece a atenção de todas as famílias brasileiras: a objetificação sexual das pessoas, sobretudo do corpo feminino.

O significado de promiscuidade abordado pelo professor Guilherme Moura, presidente da Associação Pró Adoção e Convivência Familiar (Gead Recife), consiste no comportamento sexual que humilha e subjuga o outro. De acordo com Guilherme, este tipo de postura, que na maioria dos casos vitimiza a mulher, é estimulada por uma cultura machista e misógina, a cultura do estupro. Ouça a coluna Atitude Adotiva, na íntegra:

Mas de que forma a atitude adotiva tem a ver com promiscuidade? Por meio da adoção, pode-se ensinar aos filhos que, independente da orientação sexual, o sexo precisa ter o consentimento de ambos os parceiros. “Na hora que eu olho para o outro como objeto, para satisfazer a minha necessidade, aí a gente entrou no campo da promiscuidade”, esclareceu.

Outro ponto importante, e que precisa ser tratado com naturalidade e respeito durante as conversas sobre sexualidade com crianças e adolescentes, é a questão da orientação sexual. “A palavra orientação é importante, porque ela não trata de uma opção sexual, ninguém escolhe a sua condição, e se fosse uma escolha a gente não escolheria a que vai nos trazer tanta dificuldade, tanto enfrentamento”, defendeu Guilherme Moura.