POLÍCIA CIVIL

Operação Tsunami: polícia apreende barra de ouro avaliada em R$ 40 mil

Prefeito de Catende Otacílio Alves Cordeiro (PSB) é apontado como líder do grupo

Rádio Jornal
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Publicado em 03/06/2016 às 17:59
Armas também foram apreeendidas na operação
Foto: Lélia Perlim/ Rádio Jornal

A Polícia Civil desarticulou um esquema de desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro na Prefeitura de Catende, na Zona da Mata Sul pernambucana, que pode ter causado prejuízo de R$ 5 milhões aos cofres públicos.

A Operação Tsunami foi deflagrada nessa quinta-feira (2), mas o resultado dela só foi divulgado nesta sexta (3) em coletiva de imprensa na sede da Polícia Civil, no bairro da Boa Vista, área central do Recife.

Foram executados onze mandados de prisão preventiva, oito de condução coercitiva e 25 mandados de busca e apreensão em Catende, Quipapá, Palmares, Cupira, Altinho e Recife.

O prefeito do município, Otacílio Alves Cordeiro (PSB), é apontado pelos investigadores como o líder do grupo criminoso que conta ainda com a participação do filho dele, Ronaldo Alves Cordeiro e da nora Andrezza Paes.

Prefeito de Catende prestando depoimento
Foto: Divulgação

A titular da Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos, Patrícia Domingos, dá exemplos de contratos irregulares. “Em um dos contratos foi contratado um cidadão que não possui um dos braços para colocação de um forro em uma escola municipal”, disse, apontando que o homem negou ter realizado o serviço.

Delegados durante coletiva de imprensa, nesta sexta-feira

Nas buscas foram apreendidas doze armas de fogo, munições, computadores, celulares, uma barra de ouro avaliada em R$ 40 mil e cerca de R$ 1,36 milhão que estavam na casa do prefeito e no posto de gasolina dele. A delegada disse que o gestor do município se diz inocente.

Confira os detalhes na reportagem de Lélia Perlim:

A investigação, que teve início em outubro de 2015, analisou licitações firmadas no período de 2011 a 2012, após denúncia feita pela Procuradoria Geral de Pernambuco ao Tribunal de Justiça do Estado.

Segundo a delegada Patrícia Domingos, a partir de agora, a investigação vai verificar se houve fraude também em outro período.

Os sete homens presos já estão no Cotel, em Abreu e Lima, e as mulheres, no Presídio Feminino do Bom Pastor, no Recife, onde respondem por lavagem de dinheiro, peculato, falsificação de documento, uso de documento falsificado e associação criminosa.