ARTES

Brasil perde Tunga, pernambucano mestre das artes visuais

Antônio José de Barros Carvalho e Mello Mourão, o Tunga, morreu aos 64 anos. Ele tinha um câncer na garganta

Rádio Jornal
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Publicado em 07/06/2016 às 6:32
Fotos: reproução/tungaoficial.com.br


Tunga nasceu Antônio José de Barros Carvalho e Mello Mourão na cidade de Palmares, Zona da Mata Sul do Estado. O pernambudcano ficou famoso no mundo todo pelas obras de arte diferentes, soturnas e sentimentais e que marcaram a arte contemporânea nos últimos 50 anos.

O artista visual pernambucano faleceu nessa segunda-feira (6) em decorrência de um câncer na garganta. Um dos grandes nomes da arte contemporânea no Brasil, ele estava internado no hospital Samaritano do Rio de Janeiro desde 12 de maio.

Sua obra é marcada pela diversidade de formatos - escultura, vídeos, performances e instalações - e já foi exposta nas mais importantes instituições brasileiras. Ele também foi o primeiro artista contemporâneo do mundo a expôr no Museu do Louvre, em Paris.

Seu trabalho ganhou projeção na década de 1970, assim como o de artistas como Cildo Meireles e Waltercio Caldas e Miguel do Rio Branco. Com forte influência literária, sua obra é carregada de imagens como ossos, crânios, tranças, dedais, agulhas e bengalas gigantes, redes, dentes, recipientes de vidro, líquidos viscosos.

A influência narrativa veio do berço, Tunga é filho do poeta Gerardo de Mello Mourão, conhecido por seus poemas épicos sobre o nordeste brasileiro. Sua mãe, Léa de Barros, foi uma das mulheres que posou para o célebre quadro "As gêmeas" de Guignard.