FEMINICÍDIO

Nova audiência do Caso Maria Alice é cancelada por falta de testemunha

Expectativa da família era que fosse marcado julgamento de Gildo da Silva Xavier pelo assassinato de Maria Alice Seabra. Essa seria a quinta audiência

Rádio Jornal
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Publicado em 08/06/2016 às 9:42
Maria Alice foi assassinada pelo padrasto em junho de 2015. Foto: Reprodução/Arquivo pessoal


Mais uma seção de dor e tristeza para a família de Maria Alice Seabra, jovem de 19 anos assassinada pelo padrasto Gildo da Silva Xavier, de 34 anos, em junho de 2016. A quinta audiência de instrução, marcada para esta quarta-feira (8) no Fórum do Recife, na Ilha Joana Bezerra, foi cancelada por falta da testamunha que seria ouvida hoje, o dono da empresa onde o padrasto de Maria Alice trabalhava.

Gildo Xavier, foi denunciado à justiça pelo Ministério Público e confessou ter assassinado a enteada no dia 19 de junho do ano passado. O pedreiro responde pelos crimes de sequestro, estupro, ocultação de cadáver e homicídio quadruplamente qualificado por motivo torpe, asfixia, feminicídio e emboscada, o que impossibilitou a defesa da vítima.

Leia também: 'A dor nunca passou, nem vai passar', diz mãe de Maria Alice Seabra

De acordo com a advogada da família, Solange Vieira, o próximo passo são as alegações finais por parte do Ministério Público e da defesa, que são os últimos argumentos das duas partes. Posteriormente, o juiz vai decidir se o acusado vai para o plenário do júri.

A irmã da vítima, Angélica Seabra, faz um desabafo sobre o sentimento da família neste mês de junho, que marca um ano da morte de Maria Alice. “Desde o falecimento dela, a gente nunca mais vai ter um junho tranquilo”, lamentou.

Foto: reprodução

Gildo da Silva Xavier era casado com a mãe de Maria Alice desde que a menina tinha três anos. Na época do assassinato, ele atraiu a jovem, que tinha 19 anos, com uma falsa proposta de emprego. Se condenado, Gildo pode pegar até 48 anos de reclusão.