Em entrevista coletiva realizada na tarde desta sexta-feira (10) no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, o Governo do Estado anunciou que vai administrar provisoriamente a Arena Pernambuco pelos próximos sete meses.
A previsão é que uma licitação internacional seja aberta em 60 dias. O objetivo é garantir à empresa privada vencedora a concessão do local.
O secretário de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, Felipe Carreras, disse que já existem empresas interessadas em administrar o lugar. Ele adiantou que em dez dias vai divulgar um calendário com os novos eventos que serão realizados na Arena. “Em breve, a gente vai relatar para vocês, clube a clube, negócio a negócio, a quantidade de jogos, eu tenho dialogado pessoalmente com os presidentes dos clubes e a sensação que nós temos é que teremos mais jogos e mais proximidade com os clubes pernambucanos”, comentou.
O anúncio da nova forma de administrar a Arena vem após a rescisão do contrato com a concessionária encabeçada pela Odebrecht, em março deste ano.
A decisão foi embasada, na época, por um estudo técnico da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a negociação para rescisão consensual do contrato foi conduzida pela Procuradoria Geral do Estado.
Como resultado da rescisão do contrato, o Estado pagará à empresa concessionária o valor correspondente ao saldo da obra de forma parcelada.
O procurador Geral do Estado, César Caula, detalha esses valores. “O Estado pagará como decorrência direta da rescisão do contrato o saldo do preço contratual devidamente atualizado”, disse. “O preço contratual original era de R$ 479 milhões. Atualizar e deduzir do valor que o Estado já pagou. O Estado pagará R$ 163 milhões no prazo de 15 anos como decorrência direta da rescisão”, explicou.
Confira os detalhes na reportagem de Lélia Perlim:
A partir de hoje não existe mais contrato com o Náutico, mas toda renda do jogo realizado neste sábado (11) na Arena Pernambuco pela Série B do Campeonato Brasileiro será destinado ao clube.
O governo avalia também o que vai fazer com os terrenos que seriam da Cidade da Copa. O governo não teme que as investigações da Operação Fair Play afastem interessados na Arena.