AUDIÊNCIA MARCADA

João Paulo reafirma que não vai disputar prévias para ser pré-candidato à Prefeitura do Recife

Confira na íntegra o "Audiência Marcada" desta sexta-feira (10)

Rádio Jornal
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Publicado em 10/06/2016 às 19:13
Foto: Elis Martins/Rádio Jornal

Por Adilson Oliveira

O ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT), foi o entrevistado do Audiência Marcada desta sexta-feira (10). Durante o programa, apresentado pelo comunicador Ednaldo Santos e o editor de Política do JC, Gilvan Oliveira, o petista afirmou que não vai se submeter a prévia para ser pré-candidato ao Executivo municipal. Neste sábado, pela manhã, o diretório da legenda decide o caminho que será trilhado no próximo pleito eleitoral. Mesmo assim, o ex-prefeito não aceita disputas internas na sigla e se coloca como o único nome na disputa à prefeitura.

João Paulo explicou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente nacional do PT, Rui Falcão, defendem candidaturas próprias, e o Recife e Fortaleza são cidades estratégicas na região Nordeste. “Nós precisamos combater o ‘golpe’ defendendo o legado do PT. A nossa candidatura é estratégica. Não é só pra marcar terreno. Precisa ter representatividade e ser competitiva.

E para justificar o seu nome como pré-candidato à Prefeitura do Recife, João Paulo assegurou que por onde tem passado recebe um reconhecimento dos oito anos que comandou a capital pernambucana. “Deixamos um importante legado na saúde, cultura, morros. Fizemos o canal do cavouco, retiramos palafitas, investimentos no Programa Saúde da Família, no Dona Lindu...”.

O petista admitiu que já se reuniu com o senador Armando Monteiro Neto (PTB) para discutir o cenário político municipal. Mas o cacique petebista relatou que vai aguardar um pouco mais para ter uma posição oficial se vai apoiar uma eventual candidatura petista.

Com 88% de aprovação ao concluir dois mandatos à frente da Prefeitura do Recife, o agora ex-presidente da Sudene, João Paulo critica o presidente interino do País, Michel Temer (PMDB), alegando que o chefe da Nação defende mudanças “só para tirar do e do trabalhador”. Ele revelou também que setores significativos da sociedade já começaram a mudar de idéia sobre a concretização do impeachment. Perguntado se o País está sentindo saudades de Dilma ele foi enfático: “O País está sentindo saudade e muita”.

Questionado sobre a posição dos socialistas em relação ao impeachment, o petista disse que o PSB cometeu um erro político estratégico. “A bancada do PSB... Danilo Cabral atacou ferozmente o Governo Dilma. Lula disse que não queria apoio dos partidos ao PT, mas contra o golpe. Porém, o PSB votou a favor do impeachment”, contou.

Abordado sobre as ‘brigas’ com o ex-prefeito recifense, João da Costa (PT), João Paulo garantiu que a ferida já foi cicatrizada. “Estamos vivendo outro momento. Eu tenho informações que ele (João da Costa) vai ser candidato a vereador. Eu acho que não há dificuldade dele votar no candidato do partido ao cargo de prefeito”.

No momento final do programa, o comunicador Ednaldo Santos aproveitou para perguntar qual a nota João Paulo daria ao atual prefeito do Recife, Geraldo Júlio. O petista preferiu não emitir nota ao socialista. “O prefeito tem uma avaliação que é dada pelo povo”, considerou. Ednaldo Santos insistiu e perguntou se João Paulo não se enquadra como povo. Em tom de descontração João Paulo disse: “Mas eu não só a maioria”.

Acompanhe a entrevista na íntegra: